MEIBI entra sem alarido mas a temperatura muda logo. Um pad aparece ao longe e os vocais enrolam-se, deixando perceber que a noite se vai mover por ângulos inesperados. Os seus sets respiram por um sistema de tubos cheios de líquido que regulam o calor junto ao núcleo principal.
O house ganha altura, desce depois em techno acelerado e escorrega num electro cintilante, sempre com atitude de salão nobre e fibra de warehouse. Na EXOTIKA este mecanismo afina-se para uma comunhão queer, mas funciona em qualquer lugar, do ventre do Gare ao teto baixo do Corsica.
Nada fica decidido no início. MEIBI inspira, expira, edita, lança uma demo inédita e puxa-a de volta se a vibe mudar. No fim, a sala leva os corações sossegados, o suor secou e temos um mapa de novos horizontes gravado na memória.
Corações frágeis são bem-vindos, mas estão por vossa conta e risco.