Taxsh trabalha a densidade como forma de abrir espaço e criar novas experiências sensoriais. Nascida na Suíça e baseada em Lisboa, cresceu como artista nos circuitos queer underground de Coimbra, e os seus sets soam a mensagens enviadas por canais secretos, codificadas em transmissões obscuras e sincopadas que finalmente podem ser ouvidas.
O género é irrelevante. Em vez disso, arrasta texturas pesadas pela pista, apoiando-se em percussões cruas mas com groove suficiente para manter o corpo em movimento. Rija mas nunca fechada, hipnótica mas imprevisível, cada actuação é um desalinhamento propositado, onde os padrões de ritmo e musicalidade, de peso e de força criam espaço para o retorno emocional.
O resultado é uma cápsula de pressão, construída para acolher o corpo em segurança enquanto a noite se desmancha numa torção do tempo, no reviver de uma memória e numa nova definição de proximidade.
Trajectória bloqueada. Atacar!